Capítulo UM
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Espero que gostem. Aventura e gargalhadas num livro cheio de emoções e contrastes. Um livro especialmente criado para vocês. Passem a palavra. Boa leitura do primeiro capítulo do livro UM da minha autoria:
1. Achado não é roubado
Era já sábado...
Ah desculpem não me apresentei!
Eu sou o Pedro, tenho doze anos, sou um pouco magro mas alto.
Como eu estava a dizer era já sábado, estava eu a andar pelo meu quintal (mais dos meus pais do que meus), quando comecei a ouvir passos, mas não eram passos de gente humana, eram passos diferentes. O ser começou a mover-se em direcção ao muro do meu quintal, o que divide o meu quintal com o do vizinho.
De repente ouço «Miau! Miau!», e eu pensei, será possível? Um gato no meu quintal? IUPI. Pensei que poderia ficar com ele mas o meu sorriso desvaneceu-se quando me lembrei que os meus pais não queriam animais em casa.
Mas quando o gato saltou o muro e aterrou na relva macia do meu quintal esqueci logo o problema que mais tarde iria enfrentar.
Chamei o gato. Ele olhou-me desconfiado, mas logo ganhou confiança em mim.
Caminhou até mim e sentou-se ao meu colo.
Eu nem queria acreditar. Nunca tinha pegado um gato ao colo (já devem estar a pensar «O Pedro nunca pegou num gato ao colo! HAHA!» mas eu não me importo.
Eu não sei como (eu tinha medo, naquela altura que o gato me mordesse ou arranhasse) comecei a fazer-lhe FESTAS! (Eu um medricas de primeira não tinha medo de fazer festas a um gato selvagem).
Enquanto fazia festas ao gato ouvi uma voz por detrás de mim:
-Pedro larga imediatamente esse gato!
Era a minha mãe. Ela era uma mandona de primeira categoria. Tinha a mania que sabia tudo e que os outros eram uns autênticos burros!
-Mas mãe, olha...
-Não quero olhar para lado nenhum. Larga imediatamente esse gato que deve estar cheio de pulgas e carraças. Até te pode pegar alguma doença - dizia ela colocando a mão na cintura parecendo uma modelo. - Vou chamar o teu pai. Vais ver que vai concordar comigo. Ai, vai, vai!
O gato assustou-se e começou a mover-se no meu colo. O suor escorria-me. Apostava que debaixo de mim estava uma poça de suor com alguns centímetros de altura.
Enquanto a minha mãe falava com o meu pai eu acariciei o gato para ele não fugir.
O meu pai chegou. Alto e magro era um protótipo de um pai.
Ele olhou para o gato. De uma forma estranha. Um olhar de ternura.
Virou-se para a minha mãe e...
-Querida. Eu e o Pedro levamos o gato ao veterinário amanhã. Até lá fica no quintal. Vais ver que nem dás por ele.
-Grrr... Será que ninguém caí no seu perfeito juízo? Pedro larga o maldito gato.
-Mamã. Ouviste o que o pai disse? Ele vai ficar cá em casa e não há nada que possas fazer para o impedir.
-Vê lá como falas comigo, Pedro!
-Desculpa, mãe.
-Pronto, está bem. Esse saco de pulgas pode ficar cá em casa.
-Boa. Obrigado mamã e papá.
O silêncio impôs-se durante uns segundos.
-E se esse gato for de alguém?
-Mãe... ACHADO NÃO É ROUBADO!
-Convenceram-me!
O resto da manhã foi uma autêntica azáfama. Comida para gato, água, caixa de areia, tudo coisas para o meu querido gato.
TO BE CONTINUED